Filhos - O Direito de NÃO ter
Muita gente me enche o saco quando digo que não quero ter filhos. Essa é uma questão muito pessoal e a MINHA vontade (já que o rebento sairia de minhas entranhas) deveria ser respeitada. Simples assim. Todavia, isso não ocorre.
Engraçado como as pessoas julgam saber o que é “certo” – para elas e para o resto da humanidade. Não importa se não serei boa mãe e, deste modo, mais uma pessoa desajustada viria ao mundo (que está uma merda, vamos combinar) para deixar tudo pior e mais complicado.
Morro de rir com alguns argumentos do tipo: “Mas quem vai cuidar de você quando estiver velha?”. Bom, nem todos os filhos (eu diria que uma mínima parte da população) são enfermeiros dedicados. É só visitar um asilo para dar de cara com a amarga realidade. Alguns velhinhos não recebem visitas de suas crias nem mesmo no Natal. É triste.
Outro argumento: “Você é egoísta”. Demorei um pouco para entender alguma lógica nessa afirmação, mas suspeito que tenha a ver com o fato de eu não ser obrigada a dedicar o meu tempo (e muitas vezes abrir mão de coisas bem importantes pra mim) para outrem. Bom, eu colocaria a coisa de outra forma. Para mim, botar um pobre diabo em um planeta superpovoado, onde florestas, geleiras fauna e flora desaparecem em ritmo avassalador; e onde a escassez de recursos naturais e o desemprego só tendem a aumentar (e a água, acabar) não é exatamente um ato de amor e compaixão. E já que gosto de criança, não quero para ela essa triste sina. E estamos apenas no começo...
Outra coisa, essa bem importante: ninguém me perguntou se eu posso pagar escola particular, curso de inglês, natação (sim, não há outra maneira das crianças se movimentarem, já que estão fadadas aos apartamentos e condomínios); viagens com a turma, tênis e calça da moda, brinquedos caríssimos, etc, etc, etc. Ninguém também se ofereceu pra me ajudar nessa parte.
Eu sei que tem gente que acha que crianças vivem de luz, mas não é o meu caso.
Não, obrigado. Já conheço pais assim. Fáceis de reconhecer, estão em toda parte. Trabalham máximo de tempo possível (às vezes como válvula de escape), rezam para o pimpolho estar bem cansado quando chegam à noite e não têm o mínimo saco de brincar. Alguns podem se dar ao luxo de contratar uma babá, que alimenta, troca, explica o significado das palavras e leva a criança à escola. Ou seja, educa.
Sem contar as crianças que mandam e os pais obedecem, mas essa é uma outra história.
Além disso, não é por nada, mas adoro a minha vida e tudo o que não ter filhos significa - de bom e até mesmo de ruim. Sei que estou perdendo outras coisas que devem ser magníficas, mas é a minha opção de vida.
E por último, eu odeio: Mac Donald´s, parquinho de condomínio, parques tipo Wet´n Wild; filmes infantis, ir à praia em época de férias escolares, ir a qualquer lugar em época de férias escolares.
P.S. - Quero deixar bem claro que não estou maldizendo crianças e muito menos a maternidade. Algumas mulheres que conheço são mães maravilhosas, a minha foi. Têm verdadeira vocação e não deixam de amamentar, por exemplo, para o peito não cair. Estão preparando seres que farão a diferença no mundo, por mais falido que eu o considere. Admiro suas coragens, mas como uma mãe falaria: Meu filho não!
Engraçado como as pessoas julgam saber o que é “certo” – para elas e para o resto da humanidade. Não importa se não serei boa mãe e, deste modo, mais uma pessoa desajustada viria ao mundo (que está uma merda, vamos combinar) para deixar tudo pior e mais complicado.
Morro de rir com alguns argumentos do tipo: “Mas quem vai cuidar de você quando estiver velha?”. Bom, nem todos os filhos (eu diria que uma mínima parte da população) são enfermeiros dedicados. É só visitar um asilo para dar de cara com a amarga realidade. Alguns velhinhos não recebem visitas de suas crias nem mesmo no Natal. É triste.
Outro argumento: “Você é egoísta”. Demorei um pouco para entender alguma lógica nessa afirmação, mas suspeito que tenha a ver com o fato de eu não ser obrigada a dedicar o meu tempo (e muitas vezes abrir mão de coisas bem importantes pra mim) para outrem. Bom, eu colocaria a coisa de outra forma. Para mim, botar um pobre diabo em um planeta superpovoado, onde florestas, geleiras fauna e flora desaparecem em ritmo avassalador; e onde a escassez de recursos naturais e o desemprego só tendem a aumentar (e a água, acabar) não é exatamente um ato de amor e compaixão. E já que gosto de criança, não quero para ela essa triste sina. E estamos apenas no começo...
Outra coisa, essa bem importante: ninguém me perguntou se eu posso pagar escola particular, curso de inglês, natação (sim, não há outra maneira das crianças se movimentarem, já que estão fadadas aos apartamentos e condomínios); viagens com a turma, tênis e calça da moda, brinquedos caríssimos, etc, etc, etc. Ninguém também se ofereceu pra me ajudar nessa parte.
Eu sei que tem gente que acha que crianças vivem de luz, mas não é o meu caso.
Não, obrigado. Já conheço pais assim. Fáceis de reconhecer, estão em toda parte. Trabalham máximo de tempo possível (às vezes como válvula de escape), rezam para o pimpolho estar bem cansado quando chegam à noite e não têm o mínimo saco de brincar. Alguns podem se dar ao luxo de contratar uma babá, que alimenta, troca, explica o significado das palavras e leva a criança à escola. Ou seja, educa.
Sem contar as crianças que mandam e os pais obedecem, mas essa é uma outra história.
Além disso, não é por nada, mas adoro a minha vida e tudo o que não ter filhos significa - de bom e até mesmo de ruim. Sei que estou perdendo outras coisas que devem ser magníficas, mas é a minha opção de vida.
E por último, eu odeio: Mac Donald´s, parquinho de condomínio, parques tipo Wet´n Wild; filmes infantis, ir à praia em época de férias escolares, ir a qualquer lugar em época de férias escolares.
P.S. - Quero deixar bem claro que não estou maldizendo crianças e muito menos a maternidade. Algumas mulheres que conheço são mães maravilhosas, a minha foi. Têm verdadeira vocação e não deixam de amamentar, por exemplo, para o peito não cair. Estão preparando seres que farão a diferença no mundo, por mais falido que eu o considere. Admiro suas coragens, mas como uma mãe falaria: Meu filho não!
5 Comentários:
Seus argumentos tem que ser respeitados, minha querida, sem dúvida. Me avisa quando vier a SL, hein. :)
Olá, Mô, Mô.
Concordamos plenamente (Eu e o Bruno) com você, não há coisa mais chata do que criança. Até tenho uma simpatia, mas longe de mim. Prefiro gatos! Já tenho sobrinhos o suficiente e não sinto a menor falta de ter uma cria minha, até porque, como dizia Rita Lee, casamento gay é controle de população. Estou com ela. Viva os lugares que não aceitam crianças (cinemas, bares, hotéis e afins). Bjos!!! Dedé
Estou louca para ir à SL novamente, querida Nina, conhecer a sua Maison.
Dedé querido, na minha opinião tem, com certeza, um monte de "coisa mais chata do que criança" sim. Aliás, gosto muito delas, como coloquei aqui. Apenas me sinto no direito de não tê-las, se não quiser - e peço que me respeitem por isso.
Beijo enorme!
Não tenho muita paciência para criança dos outros, não sei se mudaria se os rebentos fossem meus. Mas optei por não ter filhos por dois motivos: falta de grana e por tomar remédios controlados para uma malatia que pode ser hereditária. Melhor não arriscar, né?
Concordo com seus argumentos e acho a coisa mais chata do mundo quando alguém insiste em se intrometer na sua decisão de parir ou não.
Eu também não arriscaria Lili. Dá pra feliz consigo mesma, certamente.
Bj!
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