Das separações
Obra: Gerald Laing
Separação é terrível. Vem à tona uma fragilidade desconhecida, submersa, lá dos arcanos. Alguns perdem a concentração e a disposição. Outros perdem a fome, a fome não aumenta - outros se alimentam compulsivamente, como se quisessem preencher alguma lacuna que permanece furada, como um coador de café vagabundo.
Claro, ninguém morre quando rompe, eu sei. Mas é como uma gripe terrível: você deita e bota o cobertor. Vai passando. E nesse meio tempo não há muito o que se fazer. O negócio é sair, sair muito. Fazer aquelas coisas que você queria fazer e não dava, porque ele ou ela não gostavam e ai, que saco! Experimentar todas as cores, cheiros e sabores. Como diria Herbert Vianna, “provar tantas frutas que te deixariam tonta”. Uma espécie de morfina, até que a crise de abstinência, finalmente, passa.
Eu sei que quando a coisa tá ruim o melhor é não teimar. Mas pêra aí: a gente tem que esgotar todas as possibilidades, né? É uma prova de consideração e acho que quando sobra respeito e carinho, todo mundo faz isso de tentar até esgotar.
Mas bom mesmo é saber que toda tempestade acaba. E depois vem uma sensação poderosa e fatal de recomeço, sempre muito boa. Novas sensações boas e ruins, mas novas.
Aí tudo começa de novo (e assim seja, porque de que vale a vida inteiramente nos trilhos?). Vida com sabor de chuchu não rola, né? Tem que ter cebola, alho, pimenta e cominho. Não gosta de alho? Azeite de dendê ou não sei o quê. Colocar os próprios temperos, temperar por gosto. Neste caso, vá pra cozinha e sinta!
E eis que aparece uma outra beleza, um outro conversa mole e divertida, uma covinha diferente no rosto. Você se pega pensando no moço ou na moça X – e X liga, e isso se chama sincronicidade, que não tem muita explicação e eu não acredito em nenhuma. Uma nova ansiedade, pontada no estômago quando vê a janelinha no messenger apontar praquele nome e, melhor ainda...aquela mesma janelinha te chamar, daqui a pouco, com a mensagem que você queria receber. Aí é só passar do virtual para o real, que nada e ninguém substitui. Isso é que viver.
Claro, ninguém morre quando rompe, eu sei. Mas é como uma gripe terrível: você deita e bota o cobertor. Vai passando. E nesse meio tempo não há muito o que se fazer. O negócio é sair, sair muito. Fazer aquelas coisas que você queria fazer e não dava, porque ele ou ela não gostavam e ai, que saco! Experimentar todas as cores, cheiros e sabores. Como diria Herbert Vianna, “provar tantas frutas que te deixariam tonta”. Uma espécie de morfina, até que a crise de abstinência, finalmente, passa.
Eu sei que quando a coisa tá ruim o melhor é não teimar. Mas pêra aí: a gente tem que esgotar todas as possibilidades, né? É uma prova de consideração e acho que quando sobra respeito e carinho, todo mundo faz isso de tentar até esgotar.
Mas bom mesmo é saber que toda tempestade acaba. E depois vem uma sensação poderosa e fatal de recomeço, sempre muito boa. Novas sensações boas e ruins, mas novas.
Aí tudo começa de novo (e assim seja, porque de que vale a vida inteiramente nos trilhos?). Vida com sabor de chuchu não rola, né? Tem que ter cebola, alho, pimenta e cominho. Não gosta de alho? Azeite de dendê ou não sei o quê. Colocar os próprios temperos, temperar por gosto. Neste caso, vá pra cozinha e sinta!
E eis que aparece uma outra beleza, um outro conversa mole e divertida, uma covinha diferente no rosto. Você se pega pensando no moço ou na moça X – e X liga, e isso se chama sincronicidade, que não tem muita explicação e eu não acredito em nenhuma. Uma nova ansiedade, pontada no estômago quando vê a janelinha no messenger apontar praquele nome e, melhor ainda...aquela mesma janelinha te chamar, daqui a pouco, com a mensagem que você queria receber. Aí é só passar do virtual para o real, que nada e ninguém substitui. Isso é que viver.